segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nobel para quem pensou em sustentabilidade


Não conheço a obra de Elinor Ostrom, uma das ganhadoras do Prêmio Nobel de Economia deste ano, anunciado nesta segunda-feira(12). Mas pelo que li, ela aborda uma questão importantíssima da Economia do Meio Ambiente. Um dos paradigmas dessa matéria é de que o problema do uso descontrolado dos recursos naturais decorre deles não terem "preço de mercado". Por estarem fora do mercado, recursos como água, ar limpo ou mesmo paisagem não têm preço. O seu uso ou sua degradação não custam nada. Para resolver a questão, uma linha de pensamento defende meios de criar custos para isso, através de taxas. Ou seja, da intervenção do Estado. A economista ganhadora do Nobel defende que há outros meios mais eficientes, através da própria sociedade, para estabelecer regras de exploração dos recursos naturais.

Este pelo menos foi o destaque dos órgãos de comunicação "liberais", que sempre adoram quando alguém procura evitar a intervenção do Estado em alguma questão e defende a "auto-regulação".

O certo é que é preciso conhecer melhor a obra de Elinor Ostrom e sua abordagem. Mas só o fato de alguém que estuda essa questão ter ganho o Nobel já é algo a ser comemorado.

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