domingo, 15 de novembro de 2009

O nó da questão(ou um dos principais)

A China é um dos maiores nós nas negociações internacionais para um novo acordo sobre mudanças climáticas. Os países desenvolvidos(Estados Unidos à frente) não querem deixar a China livre de obrigações quanto à redução de emissões de gases de efeito estufa. Afinal, a China se tornou o maior emissor atual de CO2. Pedido justo, não? Bem, as coisas não são tão simples. Quando se leva em consideração as emissões per capita, as da China equivalem a uma quarto das dos EUA, por conta do tamanho da população chinesa e do seu nível de pobreza. Logo, não se pode exigir da China o mesmo nível de redução de emissões dos EUA. Sem contar a questão do tempo: só agora a China aumentou suas emissões. Já os EUA vêm emitindo fortemente gases de efeito estufa há centenas de anos.
O Brasil e sua meta não-obrigatória de redução colocaram mais pressão ainda sobre a China. Os dois países, mais a Índia, eram os principais destinatários das cobranças dos países desenvolvidos por uma postura mais ativa no esforço global pela redução de emissões de gases de efeito estufa. Pelo tamanho destes países e por serem considerados já de "médio desenvolvimento". No entanto, a China também tem o que apresentar em termos de mudança no padrão de desenvolvimento. Apesar de ter sua matriz energética ainda fortemente dependente do terrível carvão mineral, o país é um dos que mais investe em fontes alternativas de energia.
Abaixo, um gráfico que mostra as emissões de CO2 da China, totais e per capita, comparadas com as dos outros maiores emissores mundiais.
E, logo depois, um gráfico comparativo do crescimento da energia eólica na China e nos EUA.
(lembrando que é só clicar nos gráficos para vê-los em tamanho maior)



 

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